Tania Prado
Em alguns estados, os balcões de delegacias já foram substituídos por aplicativos de celular para o registro de ocorrências de menor complexidade. Tudo isso sem precisar sair de casa. Recursos de Inteligência Artificial ajudam a Polícia Federal a melhorar eficácia das investigações tanto na identificação de autoria e materialidade, quanto nas circunstâncias do fato apurado. E ainda permitem racionalizar o emprego dos recursos financeiros e logísticos das instituições.
É inegável a importância da tecnologia para o processo de investigação criminal. Hoje as polícias dispõem de ferramentas que ajudam na coleta e análise de provas e, assim, encurtam o tempo de descoberta de um delito. Os recursos podem ser empregados em qualquer área de investigação, mas são extremamente valiosos para casos de pedofilia e de crimes cometidos pela internet.
Esse é um dos temas centrais de discussão da 2ª edição do IACC (Fórum Nacional da Inteligência Aplicada para o Combate à Criminalidade), que acontece nos dias 26 e 27 de novembro, e transformará São Paulo na capital nacional dos debates sobre segurança pública no Brasil. O encontro reunirá os maiores especialistas do setor e apresentará as inovações que podem ser aliadas das forças nacionais de segurança no combate ao crime organizado e à corrupção.
Falar sobre os avanços da área é extremamente importante no momento em que vivemos: criminosos encontram sempre novos meios para cometer seus delitos, mas a Polícia Judiciária tem condições plenas de identificá-los e puni-los, provando que a internet não é um território livre do rigor da lei.
Durante os dois dias de evento, especialistas, delegados de Polícia Civil e Federal, representantes de entidades e autoridades que atuam na segurança pública debaterão assuntos que interferem diretamente no trabalho dos profissionais do setor e são de interesse de toda a sociedade.
Eles terão a chance de conhecer, em primeira mão, softwares e ferramentas de inteligência artificial que podem incrementar o trabalho da polícia e a luta contra o crime organizado. O encontro servirá, também, para discutir assuntos relativos à segurança pública e à corrupção.
Entre os confirmados estão o secretário Nacional de Segurança Pública, general Guilherme Cals Theophilo; o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel; o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), Edvandir Felix de Paiva, e o coordenador do Instituto Sou da Paz, Felippe Angeli.
Será uma oportunidade única para ouvir especialistas e ficar por dentro das inovações que prometem revolucionar o futuro da investigação criminal.
*Tania Prado é delegada de Polícia Federal, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado de São Paulo (SINDPF SP) e diretora regional da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF)
Tania Prado, Mestre em Segurança Pública pela Universidade Jean Moulin Lyon 3, na França. Diretora Regional da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal de São Paulo (ADPF-SP) e Presidente da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (FENADEPOL) e do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Estado de São Paulo (SINDPF SP).
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