Entidades se reúnem nesta tarde para discutir estratégias que revertam gatilhos de congelamento salarial e de concursos. Presidente da Fenadepol alerta para risco de apagão
Delegados de Polícia Federal estão reunidos na tarde desta quinta-feira para discutir estratégias que revertam gatilhos de contenção de gastos públicos previstos na PEC Emergencial. O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados, ontem, em primeiro turno de votação, e hoje será analisado em segundo turno.
A assembleia é realizada pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e a Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol). A carreira já vem manifestando seu posicionamento contrário à PEC, assim como outras categorias do setor público.
Presidente da Fenadepol, Tânia Prado disse à coluna que apenas a retirada do dispositivo que proibia promoções e progressões funcionais não soluciona o problema. E alertou que, se o texto for aprovado na forma como está, haverá forte impacto para a Polícia e para a prestação de serviços à população.
“Nitidamente o que o governo propôs (retirar a vedação para promoções) não resolve o problema principal, que é o congelamento das remunerações e a questão de concursos “, destacou.
Para a delegada, os gatilhos engessam a administração pública: “Esse texto que está sendo aprovado constitui verdadeiro apagão do serviço público, porque está sendo colocada uma norma na Constituição Federal que engessa o funcionamento do próprio Poder Executivo e da administração pública”.