Agentes se dizem indignados com congelamento salarial e outras medidas de austeridade e iniciam mobilização contra a reforma administrativa
Rio de Janeiro – As medidas de austeridade defendidas pelo governo Jair Bolsonaro, como o congelamento de salários (previsto na PEC Emergencial), têm causado reação do funcionalismo público do país, sobretudo das forças de segurança pública civil. Os agentes se dizem indignados e afirmam que, “independentemente de ideologia, na época do governo Lula recebiam um tratamento melhor”.
“Com o sentimento de traição por parte do governo federal se espalhando entre os policiais, vários começam a fazer comparações entre o que foi feito no governo Lula, no qual tivemos valorização dos profissionais; e, o governo de agora, o qual, até hoje, segundo a percepção da maioria, só causou prejuízos”, afirmou Tania Prado, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal no Estado de São Paulo (SINDPF SP) e da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol).
A União dos Policiais do Brasil (UPB) emitiu nota nesta sexta-feira demonstrando indignação com o arrocho previsto na PEC Emergencial, que, segundo os agentes, pode deixar as forças de segurança civil sem reposição salarial e contratações por 15 anos.
Em coletiva de imprensa na quarta-feira, o grupo fez um pronunciamento contra as medidas estabelecidas no texto.
REFORMA ADMINISTRATIVA
A UPB também está convocando os policiais para uma carreata em Brasília, na quarta-feira, contra a reforma administrativa, e para uma mobilização no dia 22 de março, de 15h às 16h, em frente a cada uma das unidades de trabalho.